Já Assistimos: Divergente


Por KARINA SANTOS

Quem aí tem medo de altura? Recomendo que estejam preparados para muitas cenas vistas do alto.


Divergente se passa em uma Chicago destruída, o que é muito bem retratado na telona. A cidade, facções, e personagens são apresentados junto de uma narrativa da personagem principal, a Tris. Eu gostei muito dos detalhes e pensei que nem iriam colocar no filme coisas pequenas como uma passagem idêntica ao livro bem no começo do filme.

As cenas seguem de maneira direta e inteligente, como os capítulos do livro. Quem não leu o livro ainda, consegue entender perfeitamente como é a história! Quem leu, vai ficar repetindo algumas falas. A trilha sonora instrumental é de arrepiar! A voz da Ellie Goulding aparece o filme inteiro em tons suaves como o vento em uma tarde de domingo... Quem aí sabe as músicas que ela tem no filme? Preparem-se para uma mini overdose da voz dela em uma cena importante para os iniciantes... haha.

Theo James, Shailene Woodley, Ansel Elgort, Kate Winslet e o Milles Teller (Peter personagem mais chato e briguento -que eu adoro- de todos os tempos) estão ótimos no filme! Captaram a essência da trama, não de uma forma robótica e cronometrada, os da Audácia sim de forma viva e pulsante, Erudição e todas as outras facções de forma plausível “no seu canto”.

Sobre os figurinos de todas as facções: Todos estão como descritos no livro! Nos meus testes de aptidão só deu Erudição, então é claro que gostei mais deles rsrs. Imaginava a sede da Audácia um pouco mais escura, com mais corredores do que foi mostrado, muito mais movimento... Como estamos vendo tudo pelos olhos e pensamentos da Tris que luta e se esconde ficamos à mercê de algumas falhas. Em algumas cenas você pensa que está dentro do filme, como no teste de aptidão da Tris, é agonizante e difícil de ficar quieto na cadeira apenas olhando, em diversas partes fiquei com essa sensação de impotência. Tanto o livro quanto o filme trabalham bem a questão de como devemos agir em situações que exigem controle e raciocínio lógico, isso que eu adoro em distopias futuristas.

O troféu de personagem que nos faz rir no filme vai para a Christina, as falas irônicas dela são muito engraçadas; e junto com ela Al e Will também nos fazem rir das situações tensas. Não foram abertas deixas para as amizades que a Tris faz dentro da Audácia, e a apresentação de alguns personagens que são de relevância em algumas partes relevantes no livro. Senti falta de muitas falas do Will.

Tenho uma cena preferida no livro, mas no filme a que mais achei bonita, emocionante e bem construída foi a da tirolesa. Novamente a questão das cenas do alto, o diretor e a galera dos efeitos visuais usou e abusou da tecnologia nessas partes.


Para uma adaptação de pouco mais de duas horas, claro que foram retiradas algumas partes. Os fãs que preferem o livro ao filme vão saber o que está faltando em cada cena, mas como disse anteriormente não faz com que fique sem sentido, acho que deixaram algumas coisas de fora para dar a abertura necessária para o próximo filme Insurgente.

Duas cenas que são de ficar com o lencinho na mão no livro, não causaram o impacto que eu esperava no filme, não sei se foi o rítmo acelerado das cenas ou um pouco de medo dos diretores em colocar uma cena mais “água com açúcar” em um filme voltado para um público mais sortido de idades.


Em linhas gerais, gostei bastante do filme; fotografia, efeitos visuais, OST, interpretação dos atores, jogadas de cenas.  Vou sim assistir na estréia novamente, merece vai! vai que acho mais uma coisinha ali ou aqui para comentar com vocês?

Ideval Junior

Capricorniano. Blgoueiro nos tempos livres. Adimirado pela sua Estante. 18 anos.

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