Resenha - Almanova (Jodi Meadows)



















ALMANOVA Ana é nova. Por milhares de anos, no Range, milhões de almas vêm reencarnando, num ciclo infinito, para preservar memórias e experiências de vidas passadas. Entretanto, quando Ana nasceu, outra alma simplesmente desapareceu... e ninguém sabe por quê. SEM-ALMA A própria mãe de Ana pensa que a filha é uma sem-alma, um aviso de que o pior está a caminho, por isso decidiu afastá-la da sociedade. Para fugir deste terrível isolamento e descobrir se ela mesma reencarnará, Ana viaja para a cidade de Heart, mas os cidadãos de lá temem sua presença. Então, quando dragões e sílfides resolvem atacar a cidade, a culpa deverá recair sobre... HEART Sam acredita que a alma nova de Ana é boa e valiosa. Ele, então, decide defendê-la, e um sentimento parece que vai explodir. Mas será que poderá amar alguém que viverá apenas uma vez? E será também que os inimigos – humanos ou nem tanto -- de Ana os deixarão viver essa paixão em paz? Ana precisa desvendar grandes segredos: O que provocou tal erro? Por que ela recebeu a alma de outra pessoa? Poderá essa busca abalar a paz em Heart e acabar por destruir a certeza da reencarnação para todos?

Jodi Meadows foi corajosa e tentou escrever algo diferente de tudo que tinha lido e visto. Criou uma mitologia nova, crenças peculiares e  personagens singulares. Quando conheci Almanova e sua premissa fiquei interessado pela sua inovação no enredo,  mostrando um mundo de reencarnações, onde os amores duram a eternidade e um povo que vive a mercê de um medo maior, os dragões.


Essa série - Incarnate - deveria ser introduzida por um pequeno livro, ebook, onde ambientava o leitor do mundo que viria ser Range, mundo onde toda a série é ambientada. Assim descartaria diversas críticas as quais os leitores fazem ao ler este livro, muitas alusões novas que acaba por dificultar a leitura no começo. E a ideia de um livro introdutório, assim como teve na série Starters, seria perfeita.

“O que é uma alma senão uma consciência que nasce e renasce?”

Jodi nos traz Ana, quase totalmente rejeitada de toda a sociedade por não ser uma reencarnação, por ser uma pessoa 'nova', ser uma Almanova,  e as consequências de ser uma nova alma são as piores, rejeitada, castigada e separada de toda a sociedade. Com a narrativa em primeira pessoa, acompanhamos todo o drama  de Ana, tentando entender tudo o que acontecia, absorvendo aos poucos que ela era diferente de todos. Mas nada disso justificava sua prisão, ela precisava viver, aliás ela era uma Almanova, as chances dela reencarnar seriam ínfimas.

Já falei o quanto a autora foi corajosa por trazer algo novo no mundo editorial, utilizou de toda sua criatividade para criar esse novo mundo... Mas posso dizer que Jodi acabou por ousar tanto, misturando diversos estilos, que ficou confuso no início, nada que um livro introdutório, como já havia falado, resolvesse. Toquei nesse ponto pois queria entrar no estilo que ela introduziu que foi dos dragões, confesso que gostei do modo como os dragões entraram na história, eles não viviam vagando, não era todo dia, nem todo mês,  às vezes nem todo ano que se via um deles, os dragões eram criaturas, podendo até dizer, raras, mas quando apareciam o medo tomava conta de todos, era algo grande, assustador, indomável, era melhor correr, se esconder e nunca...nunca olhar nos olhos do dragão... Eles vinham, destruíam tudo, a sociedade só poderia reconstruir  e ficar calada, não poderiam fazer nada. Nunca podem.

OK! Uns cinco capítulos depois começo a pegar o ritmo da autora e de seus personagens, os personagens são convincentes, aparentam ter experiência de milhares de anos, como devem ter após muitas reencarnações. O estilo criado do mundo: mais exótico nem tão atual, nem tão medieval, criou um ar inovador, aliás tudo era um ar inovador... Jodi tentou inovar e conseguiu com todo sucesso.

Com capítulos extensos, a leitura fluindo depois dos primeiros capítulos, conseguimos acompanhar a dança de Jodi. A Valentina fez um belo trabalho, colocando até efeitos de holograma na capa (como na série Instrumentos Mortais), - não sei se só aconteceu comigo, no fim da leitura quando fui ver...cadê os brilhos?? quase sai suor hétero pelos meus olhos - não gostei muito da fonte, só consegui me acostumar quase no final, mas nada que atrapalhe a leitura.

Um tempero especial! Algo desse tipo, foi o que faltou para o livro ser ótimo, não sei se fui com muita sede ao pote, ou se aconteceu com todos, irei ler algumas resenhas depois, mas faltou um 'tchan!', não sei explicar, desculpa.

Mas o livro em geral agrada bem ao leitor, ainda mais aqueles que estão cansados da mesmice editorial. Percebam que não toquei no romance do livro aqui na resenha, pois para mim aquele romance( leia o livro e descubra qual romance..muahahaha) foi beirando a superficialidade, no final quase conseguiram me fazer acreditar...quase... Mas creio que esse romance fique melhor nos próximos volumes.

A autora deixou um gancho muito bom para o próximo volume, não espero a hora de ler, agradeço a Valentina por trazer essa bela obra ao Brasil, e pela Jodi Meadows, por ter coragem de escrever algo tão singular, tão lindo e  até poético..... Obrigado!

1. ALMANOVA (INCARNATE)
2. ALMANEGRA (ANSUNDER)
3. INFINITE

Ideval Junior

Capricorniano. Blgoueiro nos tempos livres. Adimirado pela sua Estante. 18 anos.

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