Hugh Dancy |
Sirenes, movimentação
policial e sangue, muito sangue. É assim que tem início o episódio de estreia
de HANNIBAL (criada por Bryan Fuller), cujo título,
muito sugestivo, é Apéritif (aperitivo, em tradução livre).
A princípio vemos uma
amostra da habilidade, por assim dizer, de Will
Graham (Hugh Dancy). Ele não chega a ser um agente, propriamente dito, do
FBI, mas devido ao sua incrível imaginação e conhecimento acaba por contribuir
fornecendo o perfil psicológico dos criminosos. Eu diria que vai um pouco além
de simplesmente traçar um perfil, Graham analisa os detalhes dos crimes como se
ele mesmo estivesse praticando a conduta delituosa, conseguindo, desta maneira,
prever os passos ou as razões que levaram o indivíduo a cometer os crimes.
Enquanto leciona na
Academia do FBI, Graham recebe a visita do Agente Especial Jack Crawford (Laurence Fishburne), chefe da Unidade de Ciência
Comportamental. Ele e Will tiveram seus desentendimentos no passado, mas nada
tão importante e que fosse um impeditivo de pedir ajuda do profissional em um
caso especial.
O personagem mais
esperado, pelo menos por mim, Dr. Lecter
(Mads Mikkelsen) surge em uma cena marcada por música clássica, ambiente escuro,
sentado à mesa degustando um prato como se fosse a sensação mais sublime já
vivenciada. Após essa apresentação, vemos Lecter no exercício de sua profissão
quando Crawford o procura, também, para contribuir com o tal perfil
psicológico, pelo menos é o que foi dito a Will, pois o que aparenta ser
verdade é que Hannibal está ali com um objetivo: avaliar o perfil do próprio
Will.
Graham é definido como
um ser dotado de empatia, segundo Lecter, um dom desconfortável. Procurando por
uma definição de empatia (sim, eu procurei no dicionário!), deparei-me com a
seguinte:
"Na psicanálise, estado de espírito no qual uma pessoa se identifica com outra, presumindo sentir o que esta está sentindo."
"Na psicanálise, estado de espírito no qual uma pessoa se identifica com outra, presumindo sentir o que esta está sentindo."
Além dessa característica, Will não gosta de ser sociável, e evita
contatos visuais, uma das razões de ele não gostar muito de investigar os
crimes: socializar.
Enquanto Graham e a equipe de Crawford investigam outro crime, cometido
por um imitador do serial killer
procurado, Lecter protagoniza uma cena um tanto indigesta, preparando outro
prato. Tal sequência de cenas deixa uma questão no ar: Esse outro crime fora
cometido por Ele (Lecter)?
Mads Mikkelsen |
O jantar está servido! – Foi o primeiro pensamento que me veio em mente
após assistir ao episódio. Isto se dá em razão das cenas aludidas acima, que
remetem ao filme Hannibal (2001), mais precisamente às cenas finais do longa,
protagonizadas por Anthony Hopkins, Julianne Moore e Ray Liotta. Quem assistiu
ao filme deve ter uma noção do que estou falando.
Concluindo, gostei bastante do resultado, espero que nos próximos
episódios possa ser visto um aprofundamento nos personagens e na própria
premissa da série. E gostei desse Hannibal versão 2013, mas dá aquela falta da
presença e carisma que Hopkins acrescia ao personagem.
Matheus, 20 anos, estudante de Direito que mora no interior de São Paulo. Apaixonado por livros, músicas, séries, filmes e cães.
Recém abandonado pela saga Crepúsculo e fã de Nicholas Sparks. Nas horas vagas dou uma de cozinheiro, sobretudo doces.
Sonho em conhecer o mundo e quem sabe escrever um livro.
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