Olá Readers. Sei que
estou um pouco atrasado, todavia acredito que ainda esteja valendo. Refiro-me
ao filme A Hospedeira, cujo lançamento mundial se deu no dia 29/03, mas aqui na
minha cidade só aconteceu na semana passada.
Tinha altas
expectativas em relação, o que não deveria, pois adaptações, na maioria das
vezes, deixam a desejar se comparadas aos livros de origem, e a Hospedeira não
fugiu a essa regra, infelizmente.
Antes de qualquer coisa
devo dizer que o elenco foi muito fraco, principalmente Max Irons, o interprete
de Jared, um dos personagens principais, que faz parte do “quadrado romântico”.
As disparidades já começam com a idade; no livro, Jared tem seus 35 anos, mas
no filme aparenta bem menos e sem mencionar a falta de química que percebi
entre Irons e Saoirse Ronan, a protagonista, que vive Melanie, hospedeira da
alma Peregrina.
Em tela não vi emoção,
como nas páginas, exceto nos momentos partilhados por Melanie/Peregrina e o
irmão caçula, Jamie e, também, antes das cenas finais, o diálogo entre
hospedeira e alma, uma cena muito linda por sinal. Fui sucinto neste ponto para
evitar spoilers tanto do livro quanto do filme.
De um modo geral o
filme é bom - para quem não leu o livro - (dei três estrelas no FILMOW). É feita uma introdução, apresentando
o novo mundo ocupado pelas almas e quais as diretrizes que as norteiam, bem
como o processo de implantação dos seres prateados nos corpos hospedeiros e
outros pontos importantes. Não deixando dúvidas no ar de como é viver num
futuro onde os humanos estão praticamente extintos. No entanto têm-se alguns
deslizes que fazem uma boa diferença, por exemplo, as cenas das saídas da caverna
em busca de mantimentos, que são feitas da maneira mais natural, como se os
humanos restantes não corressem perigo.
O que mais me deixou
desapontado foi o final. Ficou muito sem graça, sem emoção e monótono, além de
vago. Parecia algo improvisado e falso, distante do livro, que culmina em
um desfecho marcado pela emoção e expectativa, em se tratando do destino de
Peregrina e Ian (JakeAbel). Poderiam ter caprichado um pouco mais, já que base para isso
tinha.
Como vocês devem ter
percebido eu não gostei do resultado, tanto que nem sabia de imediato o que
escreveria para vocês. Deixei a sala do
cinema com a sensação de que faltava algo, foi como um balde de água fria na
minha animação, algo que havia sentido apenas com A Última Música, baseado no
livro de Nicholas Sparks. Assim sendo, aconselho-os a ler o livro após ver o
filme. São muitas páginas, sei disso, mas é de longe mais envolvente do que a
adaptação.
Espero não ter
aniquilado as expectativas de ninguém, esse é apenas um apanhado do que senti
em relação a algo que fiquei meses esperando, inclusive durante a leitura,
quando ficava imaginando como seria colocado determinado ponto dentro da tela.
Deixem nos comentários
quais os seus sentimentos em relação ao filme e quais os pontos que gostaram ou
não. Conto com a participação de vocês!
Matheus, 20 anos, estudante de Direito que mora no interior de São Paulo. Apaixonado por livros, músicas, séries, filmes e cães.
Recém abandonado pela saga Crepúsculo e fã de Nicholas Sparks. Nas horas vagas dou uma de cozinheiro, sobretudo doces.
Sonho em conhecer o mundo e quem sabe escrever um livro.
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