Título: O Alienista Caçador de Mutantes
Autor: Machado de Assis & nathalia Klein
Editora: Lua de Papel
Número de Páginas: 126
ISBN: 978-85-63066-33-6
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Quem
nunca teve a vontade de revisitar um clássico? Quem nunca quis um pouco de
fantasia nos nossos grandes escritores? Pois é, ao menos uma vez na vida, todos
temos, ou tivemos, essas vontades, pois bem, digo que foi feito.
O Alienista é um conto de Joaquim Maria, para os mais chegados:
Machado de Assis, ou bruxo do Cosme Velho. Baseado nas crônicas de Itaguaí, uma
cidade bem peculiar, conta a história de Simão Bamarte, um exímio médico, que
funda a Casa Verde, uma casa para loucos. Não alongarei sobre este conto, a
base da história dos dois é a mesma.
O Alienista Caçador de Mutantes é uma releitura feita pela Natalia Klein, muito bem
feita. As características mais marcantes de Machado de Assis são a sua ironia e
seu humor ácido, bom, Natalia não fica atrás. O livro do início ao fim fez-me
rir muito.
Uma
das partes que eu mais ri:
“- Não, não – implorava -, quero morrer ao lado de você...- ‘Quero morrer ao lado de você?’ – repetiu, achando graça. – O que é isso, uma letra de pagode?”
Um
pouco da história: Tudo começa quando uma nave espacial passa sobre Itaguaí e
deixa uma nuvem tóxica que causa mutações alienígenas nos habitantes desta
cidade. Bacamarte, depois de uma decepção com a sua mulher, não dera herdeiros
ao médico; resolve criar uma clínica, Casa Verde, para estudar os mutantes e,
quiçá, descobrir uma cura. Bom, o mundo não é lindo, as maiores confusões
acontecerão, desde um descontrole por parte do médico, até uma revolução com
direito a dragões.
Aconselho
que leiam primeiro o conto de Machado (domínio público, ou seja, “de grátis”: Leia on-line. ). Há diferenças boas e ruins entre os dois textos,
mas, repito, o humor ácido e a ironia não foi perdida. Uma leitura super
rápida, fácil e bem humorada. Um clássico com tiradas atuais e uma pegada
fictícia. Dica para um domingo pacato e enjoado, vale a pena.
Daniel Corbetta