Resenha - Ciclo A Herança

Olá, pessoal! Faz um tempinho que não posto uma humilde resenha pra vocês. E dessa vez eu resolvi fazer diferente. Até hoje eu comentei livros que eu gostei de ler, mas agora vou falar de uma série que é bem legal, porém... bem, me decepcionou.





Até hoje lembro de quando comprei o primeiro volume da trilogia A Herança, Eragon. Eu estava tão animado que comprei os três de uma vez.
Eis a razão de eu estar tão ansioso no dia: eu cresci lendo Harry Potter. Na época, eu já tinha acabado de ler a saga e adquirido um grande gosto pela literatura fantástica. E então eu vejo um livro com magia, heróis, dragões e aventuras. Pra mim foi o suficiente, e comprei os livros.


O primeiro livro conta como a vida de Eragon, um garoto de quinze anos, mudou totalmente ao achar um ovo azul no meio de uma floresta. O que ele não sabia era que ao levar aquele ovo para casa, acabaria se tornando um Cavaleiro de Dragão e no meio de uma disputa política no império. Mas tudo isso é explicado nos volumes restantes, assim como vários outros detalhes. Não pense que o dragão escolheu o rapaz por acaso, ou que o ovo simplesmente caiu da mochila de alguém.

Eragon então resolve cumprir o seu destino e parte em uma aventura seguindo os passos de um contador de histórias que morava no seu vilarejo (devo dizer para não subestimarem os contadores de histórias. Ele descobre que o homem que está no poder do reino é um tirano e tudo o que ele fez e... ele vira automaticamente o inimigo número um do rapaz. O tal tirano, Galbatorix, é mencionado em todos os livros, junto com todas as maldades feitas mas ele nunca aparece. Quem sabe no quarto livro.

Em opinião geral, a série é boa, tem um enredo razoável (não chega a ser muito impressionante não) , ótimas batalhas e personagens legais, mas que seriam melhores se não fossem estereotipados ao extremo. O herói humilde que fica forte, a linda princesa, o mestre sábio... enfim.

Uma coisa que me incomodou profundamente nessa trilogia, e que eu tive que suportar novamente quando li A Sociedade do Anel, foram as viagens EXCESSIVAMENTE longas. Sério, eu não aguento. Olhe bem o mapa dos livros abaixo. Naquelas montanhas vivem os anões, no canto inferior direito. Quando Eragon está ali, ele vê que precisa desesperadamente ir para o norte, para a floresta. Tudo bem, mas ele demora a metade de um livro pra ir. Sério.



Cara, ele voa num dragão! Devia ter um pouco mais de velocidade né? Mas beleza.

Já que mencionei o mapa, tenho que dizer que tenho uma queda por livros com mapas. Acho que mostra uma cuidado a mais, não sei. Simplesmente gosto. E o mapa da Alagaësia é muito bonito, exceto pelo grande deserto no meio. Só a passagem do personagem por ali rendeu mais a outra metade do livro.

Ah, caro leitor, não espere muito de Saphira, o grande dragão azul brilhante do Eragon. Quase sempre ela precisa se esconder para não denunciar a presença deles e chega no último minuto pra socorrer o Eragon, que por acaso é um menino muito insuportável. Mas isso dá pra relevar, ao contrário do fato de Saphira não ser usada pra muitas outras coisas além de transporte e modelo de capa do primeiro livro.

O ponto forte da série é, na minha opinião, a capacidade descritiva do autor. Christopher Paolini consegue detalhar cenas e lugares sem ser - vocês terão que me desculpar - um Tolkien da vida. Até hoje tenho a imagem da floresta de Du Weldenvarden gravada na memória. 

A série também tem uma forte carga emocional. Questões como amizade, família e amor são constantemente abordadas ao longo dos livros, o que acaba te ensinando muitas coisas, mesmo se você for uma pessoa insensível como eu me achava na época. 

Fiquei sabendo que o último volume do livro saiu através do post da minha colega de blog Isabela. Fui comprar na Bienal mas já tinha acabado ):

Então, em geral, é uma ótima série de fantasia, mas só recomendo para pessoas com paciência pra mistérios sem explicação, frases ditas em outras línguas (tem um glossário no fim do livro mas ok), viagens praticamente infinitas e um personagem principal totalmente idiota. Mas, agora que eu estou pensando, a leitura vale a pena.


Gustavo Guilherme
Gustavo GuilhermeGustavo, ou simplesmente Gus, tem 15 anos e mora em São Paulo. É órfão de Harry Potter, Lufano, professor, pianista e sinestésico. Antissocial, tranca-se no quarto por horas para ler e ouvir música. Nutre o sonho de viajar pelo mundo e ser escritor, e já começou a tecer suas próprias histórias.

Ideval Junior

Capricorniano. Blgoueiro nos tempos livres. Adimirado pela sua Estante. 18 anos.

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