Resenha - As Vantagens de Ser Invisível


As Vantagens de Ser Invisível


Título: As Vantagens de Ser Invisível
AutorStephen Chbosky
Editora: Rocco
Número de Páginas: 223
ISBN9788532522337
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“Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário."



Queridos leitores,

Estou me controlando para não começar esta resenha com a palavra “infinito”, na esperança de que você não tenha uma overdose da mesma e deixe de reparar em seu belo e simples significado, com o poder de te preencher. Também sei que, de uma forma ou de outra, acabei fazendo isto. Fico triste. Mas contente também. “E ainda estou tentando entender como posso ser assim.”

“As Vantagens de ser Invisível” é um livro que deve entender bem as vantagens descritas em seu título. Publicado em 1999 nos Estados Unidos e em 2007 por aqui, vem vagando entre as livrarias sem muita notoriedade, apesar do sucesso de crítica. É um livro realmente difícil de ser encontrado, beirando à raridade, o que cria todo uma aura de mistério ao seu redor. Pelo menos para mim.


E agora, do completo nada, ganhou notoriedade com sua adaptação para o cinema protagonizada pelos nossos queridos atores (de outras adaptações de livros, vale constatar), Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller. E apesar da grande vontade em ver o filme, tudo o que eu consigo pensar no momento é: Céus, finalmente eles irão fazer uma nova remessa de livros e eu vou poder comprar um para mim!

Mas esse sou eu enlouquecendo, então continuemos:

O livro conta a história de Charlie... espera, na verdade estou incerto quanto a isso. Digamos que o livro tem uma história contada por Charlie, o que é feita através de cartas para um destinatário sem nome, conhecido somente como um “querido amigo”. Tais cartas descrevem detalhadamente o dia a dia do nosso jovem personagem ou, melhor dizendo, o de seus amigos e sua família. É engraçado, pois Charlie parece estar e não estar presente. Participando vez ou outras, mas na maioria das vezes quase como um observador externo, como se pela primeira vez na vida conhecêssemos a identidade do nosso narrador-observador. Invisível.

E isso é fantástico, sim, pois as opiniões de Charlie são muito encantadoras, posicionadas entre inocência e sabedoria. Desvinculado dos pré-conceitos, ele se deixa levar pelas situações — que vão de amor a drogas, então homossexualismo e aborto — e aprender com elas, levando-nos juntos. Mas também é frustrante — para os personagens do livro e nós leitores — porque torcemos para o nosso Charlie. Queremos vê-lo participando mais. E quando ele o faz. Ficamos ali, nervosos, vendo-o tomar seu lugar de protagonista e torcendo para que tudo corra bem...
E lembrando de nós mesmos... afinal, quem nunca se sentiu invisível? Quem nunca preferiu ficar naquele cantinho sombreado onde não há julgamentos ou nervosismo. E quem nunca se viu sendo forçado a entrar sob os holofotes e tomar as rédeas da sua própria história?

Nós entendemos Charlie, pois ele é absolutamente real. Nos sentimos parte da sua história, chegando vez ou outra pensar: “Oh, Charlie.” ou “Não faça isso, Charlie. Você vai se machucar.” Querendo oferecer um ombro amigo quando ele precisa.

E durante todo o livro eu quis pensar em mim mesmo como o “querido amigo” a quem ele menciona e pegar para mim o amor que ele deseja — o que não deixa de ser verdade, uma vez que “as cartas” de um forma ou outra chegaram em minhas mãos. Mas no fim, um pensamento curioso me tomou a mente: Não estaria Charlie escrevendo para si mesmo? Não seria ele esta pessoa altruísta onde os amigos buscam conforto, e que tampouco se aproveita desse momento para dormir com elas?

Mas estes são pensamentos tardios e não gostaria de influenciar os seus de maneira alguma.
Stephen Chbosky escreveu um livro atemporal, com o poder de encantar gerações de pessoas de qualquer lugar. “As Vantagens de Ser Invisível” é um livro de ouro enterrado entre escombros. Um livro lindo que te fará pensar sobre o que é a beleza da vida, afinal, e onde está escondido o segredo da felicidade. É um livro que fala de livros, um livro que fala de música (e me fez ouvir Beatles e os Smiths – e gostar!), de morte, de dor, amor... É um livro que fala da vida. Um dos meus livros favoritos. E você deveria lê-lo, para se sentir assim, como eu, Charlie, Sam e Patrick: infinito.

Com amor,
Diio.
Sobre o Autor:
Claudio Pereira Claudio Pereira, vulgo Diio, tem 20 anos e se assusta ao escrever isso. Já foi CDF e nerd. Hoje é só nerd. É estudante de Administração e sonha em ser escritor, mas ainda não sabe disso. É o mais indeciso dos indecisos e sempre precisa adiantar seu relógio em 30 minutos para não chegar atrasado aonde quer que vá.

Ideval Junior

Capricorniano. Blgoueiro nos tempos livres. Adimirado pela sua Estante. 18 anos.

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