Percy Jackson & The Olympians: The Lightning Thief
EUA , 2010 - 119
Aventura / Fantasia
Direção:
Chris Columbus
Roteiro:
Craig Titley, Rick Riordan (livro)
Elenco:
Logan Lerman, Sean Bean, Kevin McKidd, Steve Coogan, Catherine Keener, Pierce Brosnan, Uma Thurman, Rosario Dawson, Brandon T. Jackson, Alexandra Daddario
A curiosidade sempre bate mais forte quando lançam
um filme baseado em uma obra literária, principalmente sendo de um livro que
você tenha lido. Grandes adaptações já foram feitas e continuam surgindo ano
após ano, alegrando os fãs sinceros e levando ao delírio as adolescentes
fanáticas por vampiros e lobisomens. Contudo, é quase sempre certo que o filme
não corresponderá à altura da trama que o inspirou; a linguagem do cinema é
outra e, portanto, muitos detalhes se perdem, acontecimentos são omitidos e/ou
alterados e, em muitos casos, a visão do diretor não agrada o público.
Tudo isso serve apenas para comprovar um fato: não
se entregue tão facilmente à sedução da sétima arte.
Se quiser conhecer a verdadeira história, leia o livro primeiro. A maioria dos roteiristas e diretores, é claro, continuam enfatizando que não há como adaptar 500 páginas em duas horas de película, o que irrita e entristece ainda mais o espectador que esperava ver a cena que tanto adorou no momento de leitura. E infelizmente, Percy Jackson foi mais uma vítima da indústria cinematográfica: O Ladrão de Raios teve a infelicidade de ser adaptado para tela grande.
Se quiser conhecer a verdadeira história, leia o livro primeiro. A maioria dos roteiristas e diretores, é claro, continuam enfatizando que não há como adaptar 500 páginas em duas horas de película, o que irrita e entristece ainda mais o espectador que esperava ver a cena que tanto adorou no momento de leitura. E infelizmente, Percy Jackson foi mais uma vítima da indústria cinematográfica: O Ladrão de Raios teve a infelicidade de ser adaptado para tela grande.
Percy Jackson, personagem criado pelo escritor texano Rick Riordan, é o protagonista de uma série de cinco livros (publicados no Brasil pela editora Intrínseca) e suas aventuras ganharam destaque nas listas dos mais vendidos em vários países. O Ladrão de Raios, primeiro volume da saga, nos revela como Percy descobre sua real identidade: o garoto é um semideus, filho do olimpiano Poseidon. Como tal, chega o momento em que ele precisa atender ao chamado e se encaminhar para o Acampamento Meio-Sangue, local onde aprenderá a controlar suas habilidades aquáticas.
Uma vez no acampamento, Percy faz algo que nunca conseguira em sua vida comum: cria laços de amizade. Todavia, há um clima pesado no ar envolvendo não somente o jovem semideus, mas também o futuro de toda a civilização atual. Os deuses do Olimpo estão prestes a entrar em guerra, pois o raio-mestre de Zeus, a arma mais poderosa do universo, foi roubada de forma misteriosa. Apenas um semideus poderia ter furtado o raio e a suspeita principal cai sobre Percy. Para provar sua inocência, o jovem herói, acompanhado dos amigos Grover e Annabeth, sai em uma jornada em busca do raio. Se o trio não conseguir recuperá-lo até o solstício de verão, será o fim dos tempos.
O filme, dirigido por Chris Columbus (diretor do clássico Esqueceram de Mim e dos dois primeiros Harry Potter), não poderia ser pior. Além de o roteiro criar eventos que não estão nas páginas da obra, ele também deixa de mencionar a existência de vários personagens significativos, todos com sua respectiva importância nos livros seguintes. Inclusive – e isso é realmente revoltante – não há menção alguma ao verdadeiro vilão da saga, o qual é citado em todos os volumes. Rogo aos céus para que não realizem uma continuação igual a esta, em prol da saúde já fragilizada da literatura.
Apesar de todos os defeitos do filme, a história de Percy Jackson é muito boa, engraçada, repleta de seres mitológicos e escrita de maneira criativa e magistral. Rick Riordan sabe como encantar e prender o leitor, fazendo-o absorver conhecimento mesmo que sem querer. Afinal, não é por essas e outras que vale a pena ler?
Valendo TOP Comentarista
Leonardo Da Vinci